quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Novelas - O ópio da massa

Novela, também conhecida como Merda Televisiva, é uma forma de alienar as donas de casa, que em grande parte não tem instrução nenhuma, a ficarem todas as noites assistindo um programa que nada tem a acrescentar em suas vidas, mas que estranhamente as entretêm e lhes dá algo a conversar com as vizinhas no outro dia. Funciona basicamente como o Futebol para os homens, mas ainda com diferenças notáveis.

As novelas também tem como finalidade frustrar os maridos dessas filhas-da-put@, porque no mesmo horário está passando o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão seguido daquela mesa redonda maneira, e devido a isso eles se veêm obrigados a vir no MDIG criar textos para diminuir sua raiva. Além dos maridos, as novelas incomodam os filhos que querem ver o Cartoon Networks, mas não podem, caso contrário escutarão a velha ladainha:
- "Vai estudar pra prova..."

História
Essa palhaçada foi roubada pelo Roberto Marinho do México, durante a Guerra do Álamo, e hoje é a principal fonte de lobotomização da população brasileira, juntamente com o futebol, o Fome Zero e o Bolsa Família. Também é o principal difusor do carioquês no Brasil.
Freqüentemente, transportam o telespectador para uma irreal vida fantasiosa, onde tudo é muito lindo, todo mundo é rico, todo pobre é feliz por ser pobre, todo filho manda os pais calarem a boca (e não levam nenhuma porrada por isto) e todos acabam felizes para sempre. Além de serem racistas, pois quase sempre os negros são retratados como chofer, empregada ou escravos da novela das seis ou contratados apenas para falar sobre racismo (resumindo tapa buraco de novela). Na verdade, existe uma grande conspiração por trás dos enredos simplórios das fúteis novelinhas: manter a dominação do proletariado pela burguesia, dos favelados para esquecerem que passam fome e que levam bala perdida etc. Os folhetins levam o telespectador para fora da sua realidade, para um mundo onde tudo é glorioso: as mulheres são extremamente gostosas, bem-sucedidas e felizes, enquanto os homens são grandes comedores, ao contrário do tonto(a) que está sentado no sofá vendo aquela sessão de alienação.

Consequências do uso indiscriminado dessa bosta.
Só assim para um homem aguentar ver novela! Não sabendo distinguir o real do fantasioso, com o tempo, o cérebro de quem assiste esse lixo vai diminuindo, até o tamanho de um amendoim, extinguindo assim a capacidade de pensar. As pessoas passam a agir como gado.
Do outro lado, a burguesia engenhosamente cria estratégias cada vez mais sofisticadas para manter as massas com a coleirinha no pescoço, porém felizes como gados na hora do abate. Essas técnicas são conhecidas como Purificação encefálica por meio de sugestões aos perversos devaneios populares.
Os cientistas da Fundação Roberto Marinho realizam pesquisas anualmente, para identificar o grau de purificação encefálica do povo brasileiro, e descobriram que o principal inimigo do maligno projeto de Roberto Marinho de controle da realidade, é o Baú da Felicidade, do arquiinimigo Sílvio Santos. De acordo com a pesquisa, o Baú da Felicidade é um grande golpe baixo, pois as Casas Próprias distribuídas pelo programa são construídas por Sérgio Naya, e em pouco tempo desabam sobre a cabeça dos clientes do Baú, matando-os, aumentando o índice de mortalidade da população, e conseqüentemente, diminuindo o número de pessoas suscetíveis à lavagem cerebral.

Elementos imprescindíveis
As novelas geralmente tem uma trama bem previsível, quando você ver uma, viu todas:

* No final tudo dá certo;
* Os vilões morrem, se redimem, vão presos ou simplesmente vão embora.
* O mocinho fica com/salva a mocinha.
* Uma música para o amor do mocinho com a mocinha que posteriormente fará parte do CD da trilha sonora.
* Se uma mulher tiver tontura/enjôo não será por outro motivo senão gravidez.
* O assassino é sempre revelado no último episódio, gerando uma grande expectativa, mas que na verdade é uma tremenda babaquice.
* Sempre tem um grupo de pessoas que fazem bolão para saber quem é o assassino, mesmo que todos que não veêm a novela já saibam quem foi.
* Sempre tem um personagem escroto que cria um jargão que sobrevive durante anos na nossa sociedade (de donas de casa e desocupados em geral), vide "Jamanta não morreu", "Né brinquedo não!", "Salgadinho? Me poupe!", "Cada mergulho é um flash", entre outros.
* Os noveleiros veêm o final da novela com grande surpresa, mesmo não tendo nada de especial e novo.
* Se passar no Rio de Janeiro, será preferencialmente no Leblon ou em qualquer outro local com um m2 incrivelmente caro.
* Requentar alguma bossa nova de Tom Jobim e Cia para trilha sonora.
* Contar com Regina Duarte em seu elenco - e ela obrigatoriamente se chamará "Helena".
* Matar algum dos personagens com um acidente de carro. Filmado nas ruas de trás do Projac, um Opala preto ou verona azul escuro capota ao sair de uma curva pela tangente. A cena vai pro vídeo show e sempre tem aquela cara de fake com o ator desesperado pisando no freio e olhando em linha reta.
* Ter um velhinho que não faz nada na novela além de dar bom dia aos atores.
* Ter 8 cenas com Stepan Necessian cujos papéis se alternam entre motorista e delegado.
*

Desintegradora de lares?
Visualize a cena de novela: Reynaldo Gianecchini entra em casa, trazendo um ramo de flores para sua esposa Ana Paula Arósio, que está linda e perfumada em sua camisola de seda!
Agora visualize a cena da vida real: O marido (que está longe de ser parecido com o Gianecchini), entra em casa, tira a meia suja e larga em cima da mesa, dá um arrotão e pergunta:

- "Cadê a janta?".

A esposa, que está justamente vendo a cena de novela anterior (com bóbis na cabeça, máscara de embelezamento, vestida com a camiseta de candidato a vereador) responde carinhosamente:

- "...janta é o caralho, liga para o disk-pizza!"

Depois de um tempo vem o pensamento:

- "Ele podia ser igual ao Reynaldo..."

- "Ela podia vestir aquela camisola da Ana Paula...

E aí, vem a separação e o divórcio por incompatibilidade de gênios!

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